Ao olhar pro meu passado,
não me vejo nele,
porque eu já não sou aquela
quem viveu ele.
E, à tarde,
eu ainda não era
quem eu sou agora
à noite.
E, amanhã,
já não serei
quem eu era,
ali,
na estrofe anterior.
Assim, de tic-tac em tic-tac,
vou nascer de novo.
Sempre de uma raiz teimosa
que sai de dentro de mim.