sábado, 24 de julho de 2021

Eu, mãe da minha natureza

Ao olhar pro meu passado, 

não me vejo nele, 

porque eu já não sou aquela

quem viveu ele.


E, à tarde, 

eu ainda não era 

quem eu sou agora

à noite.


E, amanhã, 

já não serei 

quem eu era, 

ali, 

na estrofe anterior.


Assim, de tic-tac em tic-tac, 

vou nascer de novo.

Sempre de uma raiz teimosa 

que sai de dentro de mim.