Quando eu me perco de mim mesma, me permito esvair.
Quando eu voo pra longe do meu território, me permito me ver de cima, me ver embaixo.
Quando eu ando pela minha estrada, me permito descansar, porque eu já disse noutro dia, a estrada é de cascalho...
Quando eu me esvazio de sentir, me permito gelar, pois o frio é o contraste que me lembra que eu posso incendiar.
Quando eu me sinto bem pequena, me permito sumir pra reaparecer maior.
Quando me vejo exausta, me permito me colocar na cama.
Quando me abraço forte, me permito me amar
pra que,
ali dentro,
eu me aceite e me aprove,
para que eu me aceite e me aprove,
para que eu me aceite e me aprove,
apesar de tudo.