quarta-feira, 20 de janeiro de 2021

O meu primeiro dia sem terapia

Hoje eu ganhei definitivamente alta da terapia. Foram diversas tentativas para que esse dia chegasse e eu estivesse em segurança comigo mesma, mas sempre algo acontecia no meio do caminho e me desestabilizava de novo, então eu recuava porque sabia que não estava preparada. 

Só que não foi da noite pro dia que eu percebi que não precisava mais das sessões. Depois de anos com sessões semanais, começamos com um espaço de duas semanas entre um encontro e outro, isso durou anos. Depois, ao me sentir bem com essa distância, aumentamos para uma vez ao mês e foi assim durante muitos meses, talvez tenha chegado a um ano... Então, passamos a pular um mês, ou seja, praticamente estava acabado, porém eu não sentia isso, pois me sentia ainda fortemente conectada àquele momento meu, àqueles preciosos 50 minutos.

Eu comecei na terapia quando eu percebi que não ia conseguir sair do meu buraco sozinha, nem com amigos, nem com família, nem com namorado, nem com livro de autoajuda, nem com minha escrita e nem com fé, então eu busquei ajuda, pedi socorro (por insistência da Natucha, minha amiga, meu anjo da guarda). Eu não sabia o que estava acontecendo, eu não sabia explicar e até hoje não sei, mas o que posso dizer é que o mundo não tinha mais cor e nada mais tinha graça. E embora todas as coisas que citei antes não tenham me tirado daquela situação, todas elas foram fundamentais me auxiliando nessa trajetória. Porque quem poderia me ajudar era somente eu, mas não aquela July que estava detonada, mas sim a outra, a que tava dentro de mim, escondida, e que ia renascer, ia surgir e reeguer aquela pessoa acabada. E foi isso, ambas se uniram e formaram quem eu sou agora.

Nesses 5 anos, dentro desses 50 minutos, eu me descobri. Simplesmente conheci quem eu realmente era, fui apresentada a mim mesma por mim. Aceitei meu passado e as pessoas dele. Perdoei meus erros e os erros dos demais. Passei a me entender mais e a entender melhor os outros, ficou mais fácil de viver, ficou menos frustrante, ficou orgânico. Criei coragem para tentar tirar a carteira de motorista de novo. Mudei minha profissão. Mudei de curso na faculdade. Mudei de ideia. Mudei de estilo. Mudei de casa, de cidade e de status de relacionamento.

Hoje não foi meu último dia de terapia, mas tá sendo meu primeiro dia sem terapia. Talvez quem me conheça esteja pensando que eu ainda precise, porque dou várias surtadas (kkkk), mas fiquem tranquilos, está tudo bem dar a louca de vez em quando, faz parte de mim. E pode ser que um dia eu precise novamente de terapia, mas não sei dizer... Porque eu saio dessa jornada sabendo lidar, comparo a uma competência na BNCC (quem não sabe do que tô falando dá um google), pois eu saio "sabendo fazer" ou "o que fazer" com meus sentimentos, com as barras pesadas, com as decepções... Afinal, a gente nunca vai estar livre de problemas.

Esse relato ficou meio confuso, mas isso tudo é meio complexo mesmo. Escrevi e expus isso porque, do fundo do meu coração, eu espero que a psicoterapia possa ajudar muitas pessoas assim como me ajudou.

quarta-feira, 13 de janeiro de 2021

O sentido

Eu não saí impune dos meu erros, até já paguei preços altos por alguns deles.... E espero ter um monte de vida ainda pra poder errar, aprender e pagar, porque esse é o sentido de tudo.

Sem 'se'

Eu não carrego comigo aquele 'se'. Essa variável só existe na imaginação de quem não viveu tudo o que queria.

Inarrependida

Preciso ser sincera ao afirmar que eu não faço parte do time dos arrependidos, porque tudo bem se foi ruim e tudo certo se deu errado, sem contar aquilo tudo que deu deliciosamente conforme o planejado... Não consigo ser mais uma alma boa, renascida dos meus pecados, pois se eu pudesse voltar no tempo, eu reviveria tudo do mesmo jeito e com mais vontade ainda.

sábado, 9 de janeiro de 2021

Acúmulo

 Ainda tenho um monte de tudo o que passou em/por mim.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Acervo

Eu, como escritora, me tranco na biblioteca do passado. Reivento histórias vividas, inventadas ou apenas ouvidas. E o que tu, que não se diz escritor@, o que faz pres@ na seção dos contos de fada?

Borboletinha

é tempo de me-encasular-me.