Sabe quando uma música te lembra alguém? Pois é, aconteceu comigo, mas foi lendo um livro!
E essa leitura me fez lembrar de mim...
Portanto, presento-lhes a minha mais nova paixão:
Esse livro veio para mim muito por acaso, troquei ele por algum outro, num evento de troca. Eu o escolhi porque sua capa realmente me pareceu adolescente e como sou uma adulta muito teens fazia todo sentido pegá-lo. O que eu não sabia é que era uma obra-prima da literatura juvenil, conforme minha opinião, pelo menos. Então, esse livro ficou lá em cima da minha cômoda o último semestre inteiro. Eu até tinha começado a ler, mas foi impossível continuar paralelamente com as leituras obrigatórias. Mas devo confessar, nas primeiras páginas esse livro não me conquistou. A verdade é que eu odeio começar um livro e não terminar, por isso voltei pra ele assim que tive um tempo.
Após me retratar do quase crime de não ler essa maravilha, engrenei na história de Elise Dembowski e não pude mais voltar atrás. Analisando os fatos, só há um motivo para eu ter amado tanto essa obra: eu me identifiquei com a protagonista. Elise é uma adolescente que corre atrás de coisas que ela acha que deve buscar, ou seja, está perdida no auge dos seus 16 anos no labirinto da puberdade, onde a maioria de nós já esteve.
Reconhecimento é o que nos une a Elise e o fator psicológico da personagem é algo a se destacar. Elise é sincera com o leitor, até mesmo quando tem vergonha de assumir seus erros ela se abre para que possamos encarar nas dúvidas dela também as nossas.
Mas a cereja do bolo está na trilha sonora que esse livro me apresentou ou me relembrou. Bandas incríveis são citadas no decorrer da narrativa, o que nos faz curtir baladas underground junto a protagonista. E no meu caso é impossível não lembrar dos meus 16 anos, do extinto Pop Cult ou do movimentado Rock'n Roll Bar, dos meus looks listrados ou quadriculados, das batidas das músicas, da falta de maturidade e tá tudo bem, eu só lembrei de mim.
Recomendo a leitura!