segunda-feira, 25 de julho de 2016

Verdades de minha curta solidão




Ultimamente vivo uma vida corrida, portanto, resolvi usar estes últimos dias de férias para o que realmente servem: descansar. E eu que nunca tenho tempo, me vi frente a frente com uma imensidade de tempo: 48 horas (que foram os dois dias que reservei oficialmente,  para fazer absolutamente nada) de pura bobeira, nenhum encontro (amigos, amo vocês, mas desta vez o encontro foi comigo mesma), nenhum compromisso que me despus a ser responsável, nenhuma obrigação.
No primeiro dia me bateu uma depressão forte, que me fez chorar e não ver absolutamente nenhum sentido para viver. No segundo dia, já acordei melhor e arrumei a casa, sem nenhuma obrigação, fiz por gosto mesmo.  E hoje, no terceiro dia, já me arranjaram um compromisso, mas é uma coisa legal pelo menos e vai ter comida (coisa que me deixava mais depressiva ainda, é que eu tinha que fazer coisas para somente eu comer, isso resultava em qualquer porcaria ou gororoba).
Mas esse tempo que passei sozinha resultou em mil pensamentos e outras 10 mil inspirações, fora os sonhos bizarros, que me presenteiam com coisas inimagináveis, todas as vezes que entro em REM.
Me despeço deste relato da minha solidão, coincidentemente ouvindo Absolutamente Nada, da Fresno.


Nunca é tarde para se encontrar no mundo

  


   A sensibilidade é uma característica que sempre me prejudicou neste mundo cruel, ok, o drama também me representa perfeitamente. Mas sendo parte deste sistema superficial que é a vida cotidiana, convivendo com pessoas rasas e gélidas, eu poderia tranquilamente trabalhar como agente funerária.
   Faz pouco tempo que decidi parar de lutar contra o que foi me imposto ser, e, enfim, escolhi ser o que nasci sendo.
Sempre fui cheia de pensamentos, normalmente isso é um saco, quando devo fazer algo automático ou exato. O transbordamento de sentimentos também atrapalha, quando necessito de pareamento com outros corações, quase sempre vazios, por não entenderem o que eu quero lhes dizer...
   Nasci para viver com arte, da arte, fazendo arte e tudo o que o destino me presenteará, desde que eu assuma minha responsabilidade de fazer o que quero fazer e não há mais nada o que se discutir. Cada dia que passa, me sinto um pouquinho mais livre, por ter aceitado o meu jeito e encontrado o melhor lugar onde posso ser eu mesma, o tempo todo.