Ultimamente vivo uma vida
corrida, portanto, resolvi usar estes últimos dias de férias para o que
realmente servem: descansar. E eu que nunca tenho tempo, me vi frente a frente
com uma imensidade de tempo: 48 horas (que foram os dois dias que reservei
oficialmente, para fazer absolutamente
nada) de pura bobeira, nenhum encontro (amigos, amo vocês, mas
desta vez o encontro foi comigo mesma), nenhum compromisso que me despus a ser
responsável, nenhuma obrigação.
No primeiro dia me bateu uma
depressão forte, que me fez chorar e não ver absolutamente nenhum sentido para
viver. No segundo dia, já acordei melhor e arrumei a casa, sem nenhuma
obrigação, fiz por gosto mesmo. E hoje,
no terceiro dia, já me arranjaram um compromisso, mas é uma coisa legal pelo
menos e vai ter comida (coisa que me deixava mais depressiva ainda, é que eu
tinha que fazer coisas para somente eu comer, isso resultava em qualquer
porcaria ou gororoba).
Mas esse tempo que passei sozinha
resultou em mil pensamentos e outras 10 mil inspirações, fora os sonhos
bizarros, que me presenteiam com coisas inimagináveis, todas as vezes que entro
em REM.
Me despeço deste relato da minha
solidão, coincidentemente ouvindo Absolutamente Nada, da Fresno.