domingo, 27 de junho de 2010

Imagine, acredite, isto é real


É triste. Faço parte de um grupo, onde não sou aceita. Participo de uma comunidade (aldeia, conjunto, tribo, sociedade) da qual não participo. Me sinto totalmente fora de sintonia com as pessoas que passam por mim enquanto caminho por nossas terras. Faço o mesmo que os meus "irmãos", planto o meu próprio alimento. Mas quando chega o Grande Evento (quando é preciso dividirmos nossa comida com todos, para passarmos sadios pela seca), eu não quero dividir. Acho isso egoísta, não da minha parte, mas sim da parte deles. Por que só falam comigo quando chega o Grande Evento? Óbvio, para eu dividir o MEU alimento. Mas eu realmente preciso dividir o que é meu para me sentir incluída? Sim. Mas no último ano, escondi meus grãos e não me envolvi com os preparativos do G.E. Porém, eu amo o que sigo, quero ajudar e me doar. Então participei do primeiro sacrifício do G.E. do ano passado. Só falaram comigo naquele dia, pois eu estava nos representando publicamente, me senti parte daquilo. Cinco minutos depois, voltei a ser ninguém. Passado o G.E., voltou tudo ao normal, cada um em seus subgrupos (panelinhas). Ninguém precisando de ninguém. Agora está chegando perto do Grande Evento deste ano e eu não estou nem aí. Mas eles estão "MUITO AÍ", fazem reuniões e votam em líderes. Querem ser melhores que as tribos inimigas e armam planos e estratégias para derrubá-los, tudo pelo reconhecimento (de quem?). Só vou comparecer ao G.E. por que tenho fé, não em meu grupo desunido e falso, mas no propósito que nos uniu um dia. É triste.

"quem me dera... acreditar que o mundo é perfeito e que todas as pessoas são felizes"

J.H.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

"O amor foi como um acidente"


uma breve história inexistente:

     "Ela anda até a parada de ônibus. Observa as pessoas correndo contra o tempo em busca de dinheiro, mais dinheiro. Pensa - Dinheiro não compra o tempo - continua concentrada em sua música tocando forte nos fones de ouvido. Mas o casal ao lado chama sua atenção - Ele parece tão apaixonado... Homens, ótimos atores... - para e vê se não é seu ônibus que está vindo. Não era.
     Ele, que estava sentado a dois bancos de distância dela, estava a olhá-la, queria saber seu nome, se gostava de sorvete de chocolate, queria se aproximar e puxar uma conversa aleatória. Mas não teve coragem e se odiava por isso. A covardia estava sempre lá ao lado dele. Porém ele queria mais, como  qual era o seu perfume, a textura de sua pele e gostaria de cozinhar para ela. Então ele mergulhou nas profundezas de seu amor instantâneo não correspondido e a imaginou sendo sua, que iria lhe dar carinho e atenção, a alimentaria e a protegeria de todo o mal, amaria incondicionalmente, a amaria TODOS os dias e lhe diria o quanto seus olhos eram expressivos e a entregavam sempre. Ele saberia exatamente quando ela estaria gostando de algo ou não, a conheceria por dentro e por fora, cada detalhe...
    Txi-txi, txi-txi...
    Acordou de seu devaneio. Seu ônibus chegou.
    Ela ficou na parada ainda, fitando um casal sem graça, estava batendo o pé no chão no ritmo da música que só ela estava ouvindo, não o viu ir embora, nem quando estava ali, nunca iria vê-lo. Mas ele a viu, sentiu e amou aquela menina mais do que a ele mesmo.
    Ela nunca havia sido amada, mesmo com toda aquela beleza, lhe faltava simpatia, delicadeza, humildade, seu objetivo era arrancar corações, para colocar no lugar do que lhe foi arrancado. Porém, nunca servia.
    Ele chegou em casa e se jogou na cama ainda pensando naquela que ele nunca mais veria
    Ela chegou na casa de seu próximo alvo para lhe abrir o peito e experimentar seu coração.
    Morreram sem nunca cruzarem seus destinos. Ambos sem amor."

J.H.

domingo, 13 de junho de 2010

Nostalgia


Ontem uma amiga "voltou" para a minha vida. Tenho certeza que ela fará parte do meu presente.

Hoje eu fui ler a minha agenda do ano de 2006, justamente o que eu e ela nos afastamos, e noooossa... Como mudamos! Mudei meu jeito de falar, de me vestir e de me comportar em relação às outras pessoas. Mas uma coisa que eu jamais havia me dado conta é que mudamos também o modo como sentimos as coisas. Agora eu sou muito menos tolerante e mais adulta, mas com essas mudanças também foram e vieram pessoas. Sinto que essas pessoas que vieram não são tão humanas quanto as que se foram, mas não sei o por quê. O estranho é que nem eu mesma ainda me sinto humana. Me sinto máquina, programada, automática. Poucas são as coisas nesse momento que me fazem chorar, rir ou refletir. Para onde foi aquele sentimento todo? Era apenas coisa da idade (13 ou 14 anos)? Por incrível que pareça, eu não gosto mais de festa e de dançar até acenderem as luzes (pra quem curtia a Ginástica, sabe do que tô falando). Eu estou envelhecendo, oxidando. A vida está passando e eu tô aqui parada na parada, esperando um ônibus que nunca vem. Será que antes era mais divertido ou eu que era mais alegre? Eu lembro de tantos momentos bons vividos ao lado de pessoas que na época me pareciam as melhores. Ninguém mais me parece melhor, muito pelo contrário... Eu vejo tudo invertido, espelho convexo, será que não tem nada errado? Infelizmente eu sei que não. Era para ser exatamente assim. Amigos trocando amigos por namorados, amigos não dando mais importância para o aniversário de amigos, amigos sem amigos... Antes eu tinha uma projeção bem mais otimista do que esta que estou vivendo. Eu estou falando de amizade, de companheirismo, de "aconteça o que acontecer", de dividir segredos, de confiança e lealdade. É inversamente proporcional: quanto mais idade, menos amigos.

Obs.: quem só vai em festa comigo, é praticamente abóbora (y)

Amigas, eu amo muito vocês!

J.H. *:

ps.: definição de legumes -> segundo post!

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Meu primeiro post!


Hoje eu tava passando meio mal na escola e vim para casa.

Agora estou criando meu blog enquanto meus adoráveis colegas estão no final da aula de história :D
Minha mãe fez um chá pra mim que só me fez piorar, mas pelo menos eu estou num lugar seguro e aquecido, longe de abóboras gigantes e apavorantes que me cercam pela escola a fora.

:* J.H.!