uma breve história inexistente:
"Ela anda até a parada de ônibus. Observa as pessoas correndo contra o tempo em busca de dinheiro, mais dinheiro. Pensa - Dinheiro não compra o tempo - continua concentrada em sua música tocando forte nos fones de ouvido. Mas o casal ao lado chama sua atenção - Ele parece tão apaixonado... Homens, ótimos atores... - para e vê se não é seu ônibus que está vindo. Não era.
Ele, que estava sentado a dois bancos de distância dela, estava a olhá-la, queria saber seu nome, se gostava de sorvete de chocolate, queria se aproximar e puxar uma conversa aleatória. Mas não teve coragem e se odiava por isso. A covardia estava sempre lá ao lado dele. Porém ele queria mais, como qual era o seu perfume, a textura de sua pele e gostaria de cozinhar para ela. Então ele mergulhou nas profundezas de seu amor instantâneo não correspondido e a imaginou sendo sua, que iria lhe dar carinho e atenção, a alimentaria e a protegeria de todo o mal, amaria incondicionalmente, a amaria TODOS os dias e lhe diria o quanto seus olhos eram expressivos e a entregavam sempre. Ele saberia exatamente quando ela estaria gostando de algo ou não, a conheceria por dentro e por fora, cada detalhe...
Txi-txi, txi-txi...
Acordou de seu devaneio. Seu ônibus chegou.
Ela ficou na parada ainda, fitando um casal sem graça, estava batendo o pé no chão no ritmo da música que só ela estava ouvindo, não o viu ir embora, nem quando estava ali, nunca iria vê-lo. Mas ele a viu, sentiu e amou aquela menina mais do que a ele mesmo.
Ela nunca havia sido amada, mesmo com toda aquela beleza, lhe faltava simpatia, delicadeza, humildade, seu objetivo era arrancar corações, para colocar no lugar do que lhe foi arrancado. Porém, nunca servia.
Ele chegou em casa e se jogou na cama ainda pensando naquela que ele nunca mais veria
Ela chegou na casa de seu próximo alvo para lhe abrir o peito e experimentar seu coração.
Morreram sem nunca cruzarem seus destinos. Ambos sem amor."
J.H.
Ela ficou na parada ainda, fitando um casal sem graça, estava batendo o pé no chão no ritmo da música que só ela estava ouvindo, não o viu ir embora, nem quando estava ali, nunca iria vê-lo. Mas ele a viu, sentiu e amou aquela menina mais do que a ele mesmo.
Ela nunca havia sido amada, mesmo com toda aquela beleza, lhe faltava simpatia, delicadeza, humildade, seu objetivo era arrancar corações, para colocar no lugar do que lhe foi arrancado. Porém, nunca servia.
Ele chegou em casa e se jogou na cama ainda pensando naquela que ele nunca mais veria
Ela chegou na casa de seu próximo alvo para lhe abrir o peito e experimentar seu coração.
Morreram sem nunca cruzarem seus destinos. Ambos sem amor."
J.H.