terça-feira, 31 de agosto de 2021

Poeira

Ao sair de um lugar, eu esqueço que o entorno daquele espaço, que eu ocupava, continua a girar. Segue a rotina, os horários se mantém, as pessoas vivem. É estranho, mas aquela borda de acontecimentos, que me  orbitavam, só tá parada na minha lembrança. Nada estagna só porque eu não tô junto, tudo prossegue,  normalmente.

Eu tô depois de Netuno, sou planeta ainda nem descoberto. 

Nada contorna meu umbigo esquecido. 

Eu sou só poeira.