Eu sempre tive que lidar com inseguranças, porque minha vida era areia movediça (mudança de planos, de casa, de cidade, de escola, de rotina, etc.). Assim, tornei-me uma adulta desesperada por chão firme, por solo de concreto.
Foi assim até eu entender o conceito de impermanência e que, além disso, sou um ser infinito.
Bem, saber disso me transformou, drasticamente, de dentro pra fora. Pois tudo foi ressignificado a partir dos seguintes questionamentos:
- o que é felicidade pra mim?
- o que eu gostaria de viver?
- o que faz sentido pra July que tá renascendo?
- porque sempre esperei pelos outros concretarem o meu chão?
- eu não posso dar conta de mim?
- onde estão escondidas minhas vontades dentro da minha própria vida?
- eu tô aproveitando essa minha passagem pela terra de forma que eu realmente me sinta bem?
Essa compreensão me trouxe paz, me trouxe coragem pra soltar, coragem pra me jogar no inseguro, mas desta vez, por escolha minha.
A minha casa não tá em mais ninguém, ela tá somente em mim.