segunda-feira, 19 de abril de 2021

Eu e o quebra-cabeça dos dálmatas

[Postado no Facebook dia 24 de abril de 2020.]


Hoje é dia de reflexão, pois completo mais um ano desde que saí de dentro da minha mãe e isso foi há 28 anos... Chego aqui, neste dia 24/04/2020 com a certeza absoluta de que não temos certeza de nada.
Quem me conhece sabe que hoje é o badalado, fiasquento e "maravilindo" DIA DA PRINCESA e que há alguns anos comemoro meus anivers perto de amigos, perto de música, perto de comida e perto de bebida boa e barata (claro). Esse ano eu já tinha um lugar perfeito pra ir, mas aconteceu, tá acontecendo e ainda vai acontecer o coronavírus. Eu não estou triste, nem brava, nem espraguejando o universo, porque eu sei que nossos planos são só planos, não significam que vão acontecer. Não tô falando pra não ter planos!!! Hahahhah Tô só dizendo que o rumo muda, sem a gente querer. E o que fazemos? Lidamos.
Então, como sou muito de pensar (viajar mesmo), considero-me feliz aos 28. Acho que sou um monte de coisa misturada que até aqui deu certo e sinto orgulho do que vejo. Sou como esse quebra-cabeça dos dálmatas, foram algumas tentativas de completá-lo (durante anos)... Porém chegou o dia em que ele ficou "incompletamente" pronto.
Acho que estamos sempre em construção e não tem problema ficar faltando peça, quem se arrisca acaba deixando um pouco de si pelo caminho...
Obrigada, vida!
Obrigada, July de ontem, família, amigos, não amigos e pessoas aleatórias que cruzaram o meu caminho até aqui, todos vocês contribuíram para a eterna construção do meu ser. ❤
"Identidade, então, não é fim, nem começo; ela situa-se no próprio processo de sua construção. Donde a metáfora do 'mosaico' em que as partes vão se agregando para construir o todo." (BERNO, 2018, p. 46).