quinta-feira, 9 de março de 2017

Confissões de pandorga

Durante algum tempo eu até tentei ser mais antenada, ainda bem que não durou muito. Por mais que eu me esforce, política e futebol nunca serão assuntos de meu domínio. Sendo assim, me abstenho.
Meus conhecimentos sobre política e futebol se limitam em saber quem é Bolaños, D’Alessandro, Temer ou Moro. Os únicos que eu conheço de rosto é o argentino e o atual presidente. Desculpa sociedade, mas essa não é a minha praia.
            Muitas vezes ouvi as frases:
- Tu deve saber conversar sobre tudo!
- Leia o jornal!
- Seja bem informada!
Concordo que é muito lindo ser intelectual, culta, cheia de sugestões e críticas. Mas para os assuntos comuns, não sirvo muito como um ser pensante. E eu não me culpo por isso. Portanto, declaro-me inocente.
Orgulho-me dos amigos atuantes políticos. Admiro intensamente os loucos por futebol. Mas, não tenho muito o que dizer, nem sei se queria ter.
Meu negócio é observar o outro, para entender a mim mesma. Minha paixão é o bicho estranho, chamado ser humano, e todos os desdobramentos de sentimentos e ações no decorrer da vida. A minha função é pensar, refletir e escrever. E o meu resultado é blá-blá-blá e poesia. E quem disse que isso também não é importante para o mundo?
Viva as nossas diferenças.