Eu tenho uma vontade de sair correndo, que raramente diminui.
Queria não ter que olhar pra trás, me desprender de tudo. Seguir em frente, tendo como norte o horizonte e como casa uma mochila. Quem me dera ter o luxo de fugir quando tudo está desabando e não temos onde nos agarrar. Isso é coisa de gente fraca, mas é tão desejável quando estamos tristes...
A realidade é que essa fuga, é de mim mesma. Sair de perto de mim, dos meus problemas, das minhas tristezas, das minhas fraquezas, das minhas decepções, da minha acidez.
Às vezes os dias estão cinzas e eu não posso me esconder deles, são como os pesadelos. É necessário abrir os olhos, acordar mesmo nas manhãs de tempestade. E tentar viver, apesar de tudo.