Estou aqui, neste instante, ouvindo algo sobre moléculas e NaCl.
Agora o volume da voz velha e experiente vai se tornando cada vez mais baixo na minha cabeça, até eu não escutar mais nada além de insetos.
Estou lá agora. Sentindo o cheiro de floresta na primavera. Vejo flores de inúmeras cores. Lembro da última vez em que estive ali: meu refúgio.
Estou sozinha. Parece até a vida real, mas é mais doce. Sinto uma felicidade e um enorme desejo de ficar ali para sempre. Imagino as pessoas que moram ali, devem ser boas, mas nunca as vi.
Uma borboleta pousa no meu braço, para lembrar-me de voltar para a realidade.
Volto e nada mudou. Talvez nem tenha passado um minuto, mas no meu mundo foi, no mínimo, duas horas.
Penso que aquele lugar deve chegar bem perto do que poderia ser o Éden. Não posso me mudar pra lá, pois é impossível nos mudarmos pra dentro da nossa própria mente, podemos apenas fazer rápidas visitas ao nosso paraíso pessoal.
Não sei mais o que penso sobre a vida, estou cada dia mais confusa. Sei que ela é um presente no presente, mas, às vezes, parece uma roupa que você ganhou no aniversário, não serviu e não tem como trocar, porque é presente.
Acho que a vida é boa, mas nem sempre. Nesses momentos o que me resta é aceitar: nada é perfeito, nada é como imaginamos, nada é tão legal quanto parece, ninguém é tão feliz quanto diz, infelizmente.
Penso que aquele lugar deve chegar bem perto do que poderia ser o Éden. Não posso me mudar pra lá, pois é impossível nos mudarmos pra dentro da nossa própria mente, podemos apenas fazer rápidas visitas ao nosso paraíso pessoal.
Não sei mais o que penso sobre a vida, estou cada dia mais confusa. Sei que ela é um presente no presente, mas, às vezes, parece uma roupa que você ganhou no aniversário, não serviu e não tem como trocar, porque é presente.
Acho que a vida é boa, mas nem sempre. Nesses momentos o que me resta é aceitar: nada é perfeito, nada é como imaginamos, nada é tão legal quanto parece, ninguém é tão feliz quanto diz, infelizmente.
J.H.